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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Relevo

Curitiba possui superfície de 434,967 km² no Primeiro Planalto Paranaense, o qual foi descrito por Reinhard Maack (1981) como "uma zona de eversão entre a Serra do Mar e a Escarpa Devoniana", mostrando um plano de erosão recente sobre um antigo tronco de dobras. Uma série de terraços escalonados são dispostos em intervalos altimétricos caracterizando Curitiba com uma topografia ondulada de colinas suavemente arredondadas, ou seja, um relevo levemente ondulado, dando-lhe uma fisionomia relativamente regular. 
O município possui uma altitude média de 945 m acima de nível do mar, sendo que o ponto mais alto está ao norte, correspondendo à cota de 1.021 metros. 
Ao sul encontra-se a situação de mais baixo terraço, com cota de 912 m, localizada no bairro do Caximba, na cabeceira do rio Iguaçu.
Há cadeias montanhosas e conjuntos de elevações rochosas em praticamente todo o entorno da cidade, sendo o mais notável e imponente destes a Serra do Mar, localizada a leste e que separa o planalto do litoral do Paraná. 
Ao norte, há elevações na região de Rio Branco do Sul e ao oeste, singelos conjuntos de morros em Campo Magro. Já ao sul da cidade não há elevações sensíveis, a não ser próximo da fronteira com Santa Catarina.

Fonte:
http://www.curitiba-parana.net/geografia.htm e http://pt.wikipedia.org/wiki/Curitiba

História

Fundada em 1693, a partir de um pequeno povoado bandeirante, Curitiba se tornou uma importante parada comercial com a abertura da estrada tropeira entre Sorocaba e Viamão. Em 1853 tornou-se a capital da recém-emancipada província do Paraná e desde então a cidade, conhecida pelas suas ruas largas, manteve um ritmo de crescimento urbano fortalecido pela chegada de uma grande quantidade de imigrantes europeus ao longo do século XIX, na maioria alemães, poloneses, ucranianos e italianos, que contribuíram para a diversidade cultural que permanece até hoje. A cidade experimentou diversos planos urbanísticos e legislações que visavam conter seu crescimento descontrolado e que levaram a ficar famosa internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas e o cuidado com o meio ambiente, sendo a maior delas no transporte público, cujo sistema inspirou o TransMilenio, sistema de transporte de Bogotá, na Colômbia. Hoje, a cidade tem um senso de vida cosmopolita, considerada a capital com melhor qualidade de vida do Brasil, com um pólo industrial diversificado que lhe dá o posto de 4ª maior economia do Brasil e considerada umas das 5 melhores cidades para se investir na América Latina.

Curitiba também tem altos índices de educação. Tem o menor índice de analfabetismo e a melhor qualidade na educação básica entre as capitais, e abriga a a primeira universidade do Brasil, a Universidade Federal do Paraná, fundada em 1912.

Etimologia

A hipótese mais popular para a origem do nome da cidade é a de que este derivaria da expressão indígena "curi'i ty(b) ba", que em língua guarani significa "muito pinhão".

Mais precisamente, "Curi'i", ou "coré" significa "pinheiro-do-paraná", ou talvez "pinhão" (a semente do pinheiro), "tib" vem do verbo existencial "i tib" e "ba" é um sufixo locativo, livremente traduzido para "lugar onde". Outra hipótese se refere à língua tupi, falada pelos colonizadores portugueses na época. Em tupi, coré seria algo como pinheiro, pinhão. E etuba é um sufixo que indica ajuntamento, portanto seria algo como "ajuntamento de pinheiros", ou conforme traduz Silveira Bueno, pinheiral.

Panorama

Curitiba é conhecida por suas soluções urbanas diferenciadas, notadamente por seu sistema integrado de transporte de massas que, em conjunto com as vias regulares de trânsito, tem servido como indutor de seu desenvolvimento urbanístico, especialmente a partir da década de 1970.

Curitiba vista do Parque Barigüi.O sistema de transporte público de Curitiba é habitualmente lembrado por seus terminais de passageiros interligados por canaletas exclusivas para ônibus biarticulados e complementados com o "ligeirinho" e alimentadores diferenciados por cores. Esse modelo tem inspirado experiências similares em cidades de outros países, como Los Angeles e Nova Iorque, onde houve, na década de 1990, a instalação experimental de uma linha de "ligeirinho" naquela cidade, ligando a prefeitura ao World Trade Center.

A capital paranaense foi a única cidade brasileira a entrar no século XXI como referência nacional e internacional de planejamento urbano e qualidade de vida; numa pesquisa feita pela revista americana Reader's Digest, foi o município brasileiro mais bem colocado no ranking das melhores cidades do mundo para se viver. Em março de 2001, uma pesquisa patrocinada pela ONU apontou Curitiba como a melhor capital do Brasil pelo Índice de Condições de Vida (ICV) e segundo melhor IDH dentre as capitais.
Curitiba é também a cidade brasileira que mais recicla seu lixo: atualmente, 22% de todo o lixo produzido - cerca de 450 toneladas por dia - são reciclados.

Pluviometria

O índice pluviométrico alcança 1.500 mm em média por ano, pois as chuvas são uma constante do clima local. Esse fato em parte deve-se ao grande desmatamento da Serra do Mar, barreira natural de umidade.

Fonte: 

Hidrografia

     O principal rio do estado é o Paraná, sendo que o município de Curitiba localiza-se à margem direita e a leste da maior sub-bacia do rio Paraná, a bacia hidrográfica do rio Iguaçu. Os principais rios que constituem as seis bacias hidrográficas do município são: rio Atuba, rio Belém, rio Barigui, rio Passaúna, ribeirão dos Padilhas e rio Iguaçu, todos com características dendríticas de drenagem.
    A maior bacia hidrográfica de Curitiba é a do rio Barigui, que corta o município de norte a sul e perfaz um total de 139,9 km². Ao sul do município tem-se a menor bacia hidrográfica de Curitiba, a do ribeirão dos Padilhas, com 33,6 km² de área. Devido ao relevo de Curitiba possuir predominância de maiores altitudes ao norte do município, todas as seis bacias hidrográficas correm para o sul do município, indo desembocar no principal rio de Curitiba, o Iguaçu, que por sua vez irá desaguar no rio Paraná, no oeste do estado.

     Em razão de certas particularidades, as chuvas costumam ocasionar cheias consideráveis nos rios de Curitiba, causando enchentes regulares, o que é constante motivo de preocupação para a população e a administração pública. Atualmente, após uma série de estudos sobre os cursos de água locais, quase todos os rios estão em processo de canalização.


Referencias:
Disponivel em:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Curitiba#Hidrografia>

Aspectos sócio-ambientais

Conhecida como “cidade modelo” ou “cidade de primeiro mundo”, e considerada pela ONU como a “capital Ecológica do país”, Curitiba desperta no visitante uma grande curiosidade em conhecer sua história e sua fama.

Quem visita Curitiba fica impressionado com sua organização, com suas praças e arquitetura. Não é à toa quando dizem que Curitiba é um pedacinho da Europa aqui no Brasil. Comparada à Paris e Londres pelos seus belos jardins, e pela sua arquitetura arrojada, seus monumentos e estátuas que se assemelham à cidade espanhola de Barcelona.

Da mesma forma que é comparada a algumas cidades da Europa por seus jardins, sua arquitetura, monumentos, também é levemente comparada à Amsterdã e Albânia, quando se presenciam os garotos no centro da cidade cheirando cola, mendigo dormindo em praça pública, à luz do dia, e as favelas espalhadas pelos arredores da cidade, denunciam uma realidade que pouca gente acreditaria que existe em Curitiba.
Segundo o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (COHAPAR), Luiz Claudio Romanelli, reafirmou no encerramento da Conferência da cidade, em 2002, que Curitiba tem 350 mil famílias vivendo em situação precária, em aproximadamente 800 áreas ocupadas irregularmente na Região Metropolitana.
E os problemas sócio-ambientais de Curitiba não se resumem somente nisto. São vários problemas de ordem ambiental que compromete o título da “cidade ecológica”.

Sem levar em conta os sérios problemas socioculturais de Curitiba, a questão dos impactos ambientais causados pela modificação no curso natural dos rios de Curitiba, com canalizações, retirada de mata ciliar e retificação dos rios, eliminando-se as curvas, meandros e áreas de expansão lateral, vale ressaltar, de acordo com Mance, (1996, p.75/135), que,
 

O planejamento urbano da Capital Ecológica que produz parques bonitos com rios retificados não segue, portanto, princípios ecológicos de urbanização e acaba carreando dinheiro do município para empresas contratadas para "resolver" os problemas que a própria "solução" provoca”.

Pode-se observar ainda, que os rios da Região Metropolitana de Curitiba, estão poluídos e degradados, principalmente aqueles que atravessam a área urbanizada da cidade. Conforme Mendonça, (2002), a degradação dos rios na área urbana de Curitiba e municípios limítrofes é causada principalmente pelo esgoto sanitário doméstico e o industrial que também contribui para a perda de qualidade das águas do município. Segundo Mendonça, (2002),

No âmbito da cidade os atributos do ambiente natural, ou pouco alterados, que ainda ali restam são, muitas vezes, utilizados como estratégia para o desenvolvimento do citymarketing, ou da promoção urbana, como muito bem o apontou Garcia (1997) ao analisar a criação e difusão mediática das imagens curitibanas como fator de atratividade de investimentos e populacional.

Segundo informa a SEMARH, seu alto índice de “53 m²” de área verde para cada habitante, proporcionando maior qualidade de vida a seus habitantes, Curitiba parece ser o melhor lugar do mundo para se viver. No entanto, esse alto índice é questionado, pois não se sabe que critérios foram utilizados para tal medição.
Segundo Mendonça (2002),
 

os cálculos elaborados pela municipalidade não deixam claro quais foram os critérios utilizados para a seleção das áreas verdes, ou seja, qual o conceito de áreas verdes utilizadas para se chegar aos aludidos resultados. Cálculos elaborados por outras instituições e por pós-graduandos da Universidade Federal do Paraná (Hardt, 1994; Vanin, 2001), utilizando vários critérios, apontam para a existência de um índice de área verde/habitante inferior ao apresentado pelo poder municipal.

Conforme o autor, há forte exclusão da população carente ao acesso aos parques de uso público urbanos, equipados para a prática dos esportes e lazer, pois a distribuição dessas áreas verdes está quase que totalmente concentrado no lado norte da cidade, onde reside a sociedade de classe média e alta de Curitiba, como pode ser examinado nos mapas cartográficos que registram essa distribuição.

A população localizada no centro-sul da cidade, onde está concentrado o mais baixo nível de renda, portanto, sendo a mais carente, não é contemplada com equipamentos de lazer gratuito, pois não há uma política de parques urbanos municipais para estas áreas.

Como conseqüência do processo seletivo de urbanização, observa-se que nestas áreas, os impactos são maiores, ocorrendo inundações urbanas, gerando centenas de vítimas a cada ano. E, é aí também que ocorrem os maiores índices de criminalidade e violência urbana, em decorrência de outros fatores, incluindo a falta de lazer e de oportunidades de uma vida melhor, como os esportes que muito favorece para resolver alguns problemas sociais na cidade.

O Programa “Lixo que não é lixo”, um dos elementos principais para fortalecer a idéia de “Capital Ecológica”, é ineficaz, se tornando um dos mais caros do país, não suprindo as necessidades sociais e ainda onera o poder público.

Conforme Mendonça, (2002 p.), mesmo querendo transparecer que o problema do lixo está resolvido, este se mostra num grande desafio, pois os resíduos sólidos produzidos diariamente pela população, pela indústria, o comércio, os hospitais e pelos serviços constitui uma problemática de difícil solução.
Com base no autor, a maior problemática dos resíduos sólidos se reflete nos grandes grupos de pessoas que vivem em péssimas condições de vida, excluídos e marginalizados. São aproximadamente três mil catadores de lixo sobrevivendo da coleta do lixo na parte central da cidade, segundo Mendonça (2002), apud Davanso (2001); Amaral, (2001).

A presente realidade é uma contradição ao que se conhece de Curitiba. O imaginário de sua população funciona para visualizar uma realidade que objetivamente não existe, mas que são induzidos a acreditar em tal realidade. A produção de city-marketing sobre a cidade, alteraram a percepção das pessoas que acreditam fielmente que Curitiba é “a capital ecológica do país”, acreditando que têm
melhor qualidade de vida do que os demais brasileiros de outras capitais.